sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Lição 9 – A Inerrância da Bíblia


Algumas pessoas pediram para que comentasse a lição de escola dominical.

Essa lição aqui, em que vou comentar a parti de agora é da CPAD. As revistas de estudo dominicais da CPAD são ministradas na Assembléia de Deus de todo país (na sua maioria) e todas as igrejas que a ela aderiram.

Lição 9 – A Inerrância da Bíblia

“E disse-me o Senhor: Viste bem porque eu velo sobre a minha palavra para cumprir”. (Jeremias 1.12)

Um dos credos mais importantes de todo o cristianismo é que a Bíblia enquanto palavra de Deus é infalível, isto é, a Bíblia tem inspiração inconteste, não podendo nunca errar. Contudo, mesmo sendo um postulado de fé, não necessitando com isso de nenhuma comprovação científica, não podemos negligenciar uma explicação racional do assunto.

Replicou-lhes Jesus (...) a Escritura não pode falhar. (João 10.34,35)

Se existe um ser, supremo e perfeito, conhecido como Deus, e se este Deus é justo e amável e por isso preocupado com a humanidade a ponto de entregar um Filho que é Ele mesmo em outra Pessoa, logo esse Deus também se preocuparia em revelar a humanidade os seus desígnios, sua justiça e amor não só em Cristo, mas também de maneira escrita, para que a mensagem do próprio Cristo chegasse a ser conhecida por todos os povos sem que fosse feita a simples pregação oral, a qual poderia ser até mesmo sem vontade, esquecida ou deturpada.

“Perguntou-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras...” (Mateus 21.42)

“Respondeu-lhes Jesus: Não provém o vosso erro de não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus?” (Marcos 12.24)

“Então (Jesus), lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras.” (Lucas 24.45)

"Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra". (Mateus.5:17-18)

Porém quem garante que aquilo que temos na mão é verdadeira mensagem de Deus. Ainda por uma questão de lógica: se Deus quisesse fazer conhecer a sua Palavra a humanidade Ele nunca deixaria que Sua revelação fosse destruída. Se Deus existe, existe também alguma forma de revelação escrita que não foi totalmente mudada de sentido original. Mas o problema que se coloca imediatamente é qual das obras escritas que hoje se põe hoje como verdadeira Palavra de Deus é de fato a verdadeira Palavra de Deus.

Existe uma tradução mais antiga aos quais protestantes, católicos e anglicanos possuem. A bíblia católica tem 7 livros a mais, a saber, I e II Macabeus, Eclesiástico, Tobias, Baruc, Judite, Sabedoria, Além de acréscimo de dois capítulos em Daniel.

Os 7 livros católicos foram considerados apócrifos por conterem informações que não batem com o restante da Bíblia. Vejamos por que:

Há erros históricos gravíssimos

O erudito bíblico DL René Paehe comenta: "Excepto no caso de determinada informação histórica interessante (especialmente em 1. Macabeus) e alguns belos pensamentos morais (por exemplo, Sabedoria de Salomão), Tobias...contém certos erros históricos e geográficos, tais como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1 .15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomado por Nabucodonosor e por Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares... Judite não pode ser histórico porque contém erros evidentes... [Em 2 Macabeus] há também numerosas desordens e discrepâncias em assuntos cronológicos, históricos e numéricos, os quais refletem ignorância ou confusão.
(retirado do site: http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=129&cont=1&menu=2&submenu=11)

Além de ensinar doutrinas diferentes do resto da Bíblia como aquilo que está escrito em Tobias 6.5-9:


“A seguir ele assou uma parte da carne do peixe, que levaram consigo pelo caminho. Salgaram o resto, para que lhes bastasse até chegarem a Ragés, na Média.
Entretanto, Tobias interrogou o anjo: Azarias, meu irmão, peço-te que me digas qual é a virtude curativa dessas partes do peixe que me mandaste guardar.
O anjo respondeu-lhe: Se puseres um pedaço do coração sobre brasas, a sua fumaça expulsará toda espécie de mau espírito, tanto do homem como da mulher, e impedirá que ele volte de novo a eles.
Quanto ao fel, pode-se fazer com ele um ungüento para os olhos que têm uma belida, porque ele tem a propriedade de curar.”


Compare com aquilo que Cristo disse:

“E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios...” (Marcos 16.17)

Não há contradição? Em nome de Cristo ou por intermédio de um coração de peixe que se devem expelir demônios?

Por isso que não é correto incluir tais livros na Bíblia. Pois se forem incluídos não só haverá contradição doutrinária mais erro histórico, se o livro Sagrado não é confiável em relação aos acontecimentos históricos, será confiável em relação à salvação?

Mais existe outros livros ditos: revelados, a que podemos citar: o Evangelho segundo Alan Kardec, o livro dos mórmons, o Alcorão, a bíblia na tradução do Novo Mundo e vários outras.

Discorrer detalhadamente sobre cada livro deste, embora que seja bastante ilustrativo, seria demasiadamente cansativo. Mas podemos dizer que cada um, mesmo que sejam obras literárias interessantes, negam aquilo que para qualquer, mesmo que não-crente, é o sentido da verdade a respeito do Deus amável.

Deus é santo, não tolera de maneira nenhuma o pecado, o homem nascido perfeito, isto é, sem pecado, conheceu o pecado pela desobediência consciente resultada do seu livre-arbítrio. O homem estaria perdido. Uma vez conhecido o pecado por ele, não o renunciaria, pois o pecado escravizou a sua vontade, de modo que o homem, em sentido natural, não se afasta do pecado por ele próprio, como hoje é provado empiricamente, por está morto, como Deus o disse que estaria se cometesse o pecado, que é a desobediência a boa vontade de Deus. Deus, misericordioso como Ele é, não pode por isso renunciar a justiça. Se Ele é justo tem que condenar o homem à morte, pois o salário do pecado é a morte, mas se ele é amor tem que ajudá-lo de alguma forma. Cristo é a reposta de Deus (onde habita toda a sabedoria) a esse impasse. Cristo morreria pela humanidade. Seria aplacada a justa ira de Deus pelo pecado do homem na morte substitutiva de Jesus, sendo que ao Cristo morrer, já que Ele é Deus encarnado, Deus estaria morrendo por nós e mostrando um amor incompreensível, mas profundo, seu amor é perfeito. A parti da crença em Cristo - e crer em Cristo significa mudança de vida, mostrada pelas boas obras resultantes da Fé – as pessoas chegariam a Deus e seriam salvas do mundo que na sua maioria ainda não O conheceu.

Esse é um pequeno resumo do evangelho. Mesmo você crendo ou não você não pode negar que faz sentido. Os outros livros não são inspirados porque são contra tais princípios. Contudo, fazer sentido não quer dizer que seja verdade. A Bíblia contém mensagem de transformação e esperança. Não possui pregação à guerra (jihad), nem ninguém obrigado a expiar nada (carma), pois Cristo nos redimiu, nem nega a divindade de Cristo e sua morte expiatória.

A Bíblia não possui contradição. Pode ter erros de gramática. Pode ter erro de termos e palavras, mas nunca de doutrinas.

Alguns dos erros mais comuns, encontrados nas cópias dos manuscritos, são: Haplografia, quando o copista deixava faltar uma letra, em uma palavra; ditografia, quando o escriba, já idoso, pedia a alguém para ajudá-lo, ditando as palavras do manuscrito, e o copista repetia letras ou palavras; este erro podia ser cometido, mesmo sem a ajuda de uma segunda pessoa; metátese, quando, pelo sono, ou cansaço, o copista invertia duas letras ou palavras. Por isso, vêem-se, em traduções diferentes, expressões aparentemente discrepantes. Por exemplo: Em Mateus 19.24, num manuscrito, há a expressão kamelos, que significa corda, cabo que prende o navio, passando pelo fundo de uma agulha, como ilustração para a dificuldade dos que amam as riquezas entrarem no céu; em outro manuscrito, a palavra traduzida é kamêlos, referindo-se ao animal. Qual o erro? Meramente de grafia. Mas não há erro fundamental no texto. Jesus quis mostrar que é muito difícil um rico, avarento, amante das riquezes, ter condições de ser salvo. Só isso.
Quando isso acontece, o leitor cristão, com humildade, entende que há um erro material, na tradução, mas jamais aceitará que se trate de um erro no conteúdo, na substância, na essência, ou na mensagem que a Bíblia quer nos transmitir. Basta comparar com a finalidade do texto, do livro, ou de toda a Bíblia, e verá que o Deus amoroso para com seus filhos jámais deixaria que algo confuso perturbasse sua fé. Diz a Bíblia: “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” (1 Co 14.33).

(Retirado do site: http://www.cpad.com.br/)

A Bíblia é a palavra de Deus. O verdaeiro cristão sabe muito bem disso. Pois ela já transformou a sua vida para melhor. Nela não se encontra nenhuma contradição desde que seja interpretada corretamente. A Bíblia é perfeita.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

27 de Novembro - Dia Internacional de Ação de Graças


Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. (I Tessalonisences)

No ano de 1909, Joaquim Nabuco, embaixador do Brasil nos EUA assistiu ao dia de ação de graças e, impressionado, declarou: "quisera que toda a humanidade se unisse neste mesmo dia, para um Universal agradecimento a Deus.
(Fonte:
http://www.mundojovem.pucrs.br/)

Muita às vezes a vida não é como queremos. Sofremos, choramos. Contudo, nossa vida seria melhor se em Cristo confiássemos de todo coração.

A melhor benção que recebemos foi a vida eterna que Cristo no concedeu em ocasião de sua morte e ressurreição. A essa benção devemos sempre render louvores a Cristo Jesus.

Hoje se comemora em todo mundo o dia de ação de graças. Infelizmente países como o Brasil não tem esse dia como feriado e ainda rendem graças a bonecos de gesso. Fazer o quê? Quem deu crédito a nossa pregação? (Isaías 53.1) Se Deus escolheu os simples para dá a salvação (1 Coríntios 1. 18-31) só podemos O louvar pelo seu amor!

Santa Catarina


É profundamente lamentável o que ocorreu em Santa Catarina nos últimos dias. Lamento e me solidarizo com as famílias. Contudo, fico alegre em saber que já está melhorando a situação climática e que o pior passou.

A meia-entrada e o Senado


A comissão EDUCAÇÃO (risos) do Senado aprovou o projeto de lei 188/07 de autoria do sen. Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e de relatoria da senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) que limita a concessão da meia-entrada a 40% do total dos ingressos disponíveis para cada evento.

Isso representa um retrocesso significativo nas participações culturais brasileiras. Já não bastam as exibições do cinema brasileiro com salas quase que vazias. Agora os ociosos senadores dessa nossa querida República decidiram limitar o acesso de estudantes aos eventos culturais.

Tal resolução não tem nenhum sentido, ou tem? Alguém poderá dizer que estou reclamando por ser estudante. Poder até ser, mas no Brasil é assim: todos por si e o senado (na sua grande maioria) pelos mais ricos. O único sentido dessa resolução é fazer favores a essa indústria da cultura e espetáculo que mesmo no buraco ainda é inflexível.

O que se resolve proibindo os estudantes de um direito conquistado com muito esforço? Limitar a 40% a quantidade de ingressos destinados aos estudantes acabaria com a indústria de carteiras falsas? Por que não pensaram em excluir a MP editada em 2001 que retirava a exclusividade da União Brasileira dos Estudantes (UNE) e da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundários) na emissão de carteiras de estudante. Ah! Para acabar com os DVDs piritas basta, apenas, proibir a compra de aparelhos de DVD, não é? Não. Isso que tão tentando nos empurrar é uma afronta a nós estudantes.

Ah! Como seria bom se tomássemos vergonha na cara e nunca mais votássemos em pessoas como essas. As carteiras falsas não iriam acabar, mas pelo menos não teríamos de ver essas pessoas mais na casa da democracia.

A visão de Lula sobre o RS

Meus alunos sempre me perguntam onde se encontra o vídeo de Lula falando sobre Pelotas. Aqui eu estou trazendo para eles e para vocês o vídeo. Ninguém deveria morrer sem se converter a Cristo Jesus, ouvir Chopin e assistir os vídeos de Lula no Youtube. Esses últimos são ilários!


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Os amigos e a popularidade.

Quer provar quem são seus amigos? Perca uma eleição!

No vídeo que aparece abaixo, Bush é menosprezado no encontro do G20.
Todo mundo aperta a mão de todo mundo e George W. Bush passa sem ser cumprimentado. Ele aparentemente também não faz muita questão

Homens unidos pelo fim da violencia contra as mulheres




A violência contra a mulher é um dos piores flagelos da sociedade brasileira. Ainda hoje causa dores inimagináveis a várias famílias.

Existe um site em que nós, homens de verdade, nos comprometemos contra a violência. Se você não assinou, aí vai o site:

http://www.homenspelofimdaviolencia.com.br/

Isso tem que chegar ao fim!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A China e luta pela democracia


Quando falam mal de um governo dito ditador eu sempre fico com um pé atrás, porque eu acho que nada acontece fora da vontade do povo, seja república, seja monarquia, tanto faz, tudo é feito com a conivência do povo do país em que está acontecendo o regime político. É claro que o povo pode ser enganado, ou pode mudar de idéia com relação ao governo.

As ditaduras extremadas escondem muitas coisas, e tendem a ser mais insuportáveis. Isso também é relativo, depende de questões culturais.

O caso do leite que ocorreu na China foi lamentável. Mas mostra como são as ditaduras e como pode ser repugnante a luta para preservação do poder.

Pra quem não sabe o que eu estou falando, o que aconteceu foi que precisou 1.042 crianças serem internadas, em novembro, para o governo chinês confirmar que o leite esta sendo vendido estava contaminado, o maior agravante nem foi esse, o maior agravante é que governo sabia disso desde setembro e não permitiu que a informação fosse divulgada. Mais 50 mil pessoas foram hospitalizados pela contaminação com o leite.
Para saber mais sobre o caso, vá aos sites:
e


Quando a China se livrará do governo comunista?

Não sei. Mas leiam o que foi escrito no jornal francês Le Monde nesse último sábado.


China: confrontos entre agricultores e policiais com fundo de crise social

Bruno Philip

Em Pequim
O cenário já é um clássico na China, mas ganha relevo nestes tempos de incertezas socioeconômicas. Milhares de habitantes da pequena cidade de Longnan, na província de Gansu, nordeste da China, confrontaram violentamente a polícia antimotins no início da semana.Os manifestantes lutaram contra as forças da ordem com machados e barras de ferro. A imprensa publicou fotos de uma fileira de policiais com capacetes protegendo-se da multidão atrás de escudos. Cerca de 60 deles foram feridos. O governo local anunciou na quinta-feira (20) a prisão de cerca de 30 pessoas.Desde 2007, o prefeito da cidade de Lognan tinha o projeto de transferir o centro administrativo e construir os novos edifícios da sede municipal em Dongjiang, capital de cantão situada no campo, não longe de lá. Uma decisão que significava expropriar os agricultores de seus campos. Estes não os possuem, mas têm o direito de uso.Nessas terras pobres do nordeste chinês, em uma região onde mais de 200 pessoas morreram durante os terremotos que devastaram a vizinha Sichuan em maio, os espíritos se aqueceram rapidamente. Desde o início das obras, os camponeses expropriados viviam em abrigos provisórios. Quando circularam rumores de que o prefeito tinha mudado de opinião e ia transferir o centro administrativo para outro local, os habitantes deram livre curso à sua fúria: foram expropriados por nada!Em 17 de novembro, cerca de 30 deles protestaram diante das grades da sede do governo local. Depois tentaram forçar as portas. "Os guardas de segurança espancaram vários manifestantes e por volta das 20 horas havia pelo menos 10 mil pessoas reunidas", indica um blog na Internet escrito por um residente anônimo. Os paramilitares da Polícia Armada Popular (PAP) foram chamados como reforço e dominaram o motim por meio de granadas lacrimogêneas.No dia seguinte, uma multidão de agricultores exasperados passou ao ataque de maneira mais violenta, conta ainda o blogueiro, que descreve os manifestantes "saqueando os edifícios oficiais e provocando incêndios".A rebelião de Longnan é um dos últimos exemplos desse tipo de incidentes crescentes no momento em que o governo chinês pretende demonstrar sua capacidade de garantir "a harmonia social", palavra de ordem do poder de Pequim. Os últimos números da violência nas províncias divulgados oficialmente falavam em 87 mil incidentes em 2005. Desde então é o silêncio sobre a questão de se hoje o poder central deixa a imprensa se inteirar desse tipo de acontecimento, assim atestando sua irritação sobre os funcionários locais.Desde junho, acontecimentos da mesma natureza e que sempre têm como causa o confronto entre agricultores e autoridades locais ocorreram no sul, na província de Guizhou, perto de Xangai no Zhejiang, em Yunan no sudoeste e em Hunan, no centro do país.Em 7 de novembro, na zona econômica especial de Shenzhen, atingida pela crise financeira, milhares de pessoas atacaram a polícia para protestar depois da morte de uma motociclista que tentou escapar de um controle. Pequim pode se alarmar. A crise mundial, cujo impacto é hoje considerado mais forte do que se previa na China, corre o risco de exacerbar as tensões sociais.
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sobre Eloá, o cinema brasileiro e a corrupção.


Recentemente assisti, no cinema, ao filme Última Parada 174, de Bruno Barreto. Ele (o filme) não muda o foque daquilo que vem sendo feito e prestigiado recentemente pelos cineastas brasileiros: a violência nas favelas, dos quais se destacam Cidade de Deus (2002) e Tropa de Elite (2007).

Contudo, Última Parada 174, me tocou mais do que aqueles, embora, tenha sido menos prestigiado pela crítica do que os dois, talvez por parecer o assunto (favelas) já saturado.
O filme me tocou pela crueza da realidade brasileira e pelo descaso das autoridades com que acontece ao redor.

Aliás, falando em corrupção foi divulgado recentemente o estudo feito pela Transparência Internacional sobre a corrupção do mundo. Alguns pontos do levantamento são dignos de nota:

O professor Johann Graf Lambsdorff, da Universidade de Passau, que elabora o Índice para a TI, diz que há evidências de que melhorar um ponto no índice de percepção da corrupção aumenta as receitas de um país em até 4%, e a afluência de capital em até 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

A presidente do TI, Huguette Labelle, comentou algo importante:

"Nos países mais pobres, os níveis de corrupção podem ser a diferença entre a vida e a morte quando está em jogo o dinheiro vai para hospitais ou para água potável".

A corrupção e o descaso dos políticos e policiais no Brasil nos têm custado muito. A morte de Eloá poderia ser evitada se armas não circulassem tão livremente como hoje circulam em qualquer esquina a preços populares. (cf. coluna de Eliane Cantanhêde http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/elianecantanhede/ult681u458892.shtml)

Mas no Brasil o que ocorre é uma alienação sem precedentes. Enquanto é comprado DVDs piratas de Tropa de Elite policiais são mortos e matam embaixo dos nossos narizes.

Meu Deus, até quando será que iremos dormir em berço esplendido enquanto a brutalidade e a violência. Quantos jovens precisarão morrer para aprendermos a voltar direito e exigir o nosso direito a vida

domingo, 23 de novembro de 2008

As COTAS e o SENADO


Estarei enviando esse texto pro e-mail dos 81 senadores brasileiros, provavelmente na segunda-feira (24/11)


Os negros e pardos têm sofrido ao longo da história brasileira com o descaso das autoridades ditas competentes. Não é sem motivo que tal parcela do povo brasileiro ocupe a maior parte do contingente populacional das penitenciárias e a menor parte das universidades e altos cargos da nação.
Com um retrato tão desanimador como este e frente a uma eleição histórica de um negro ao maior cargo da maior nação do mundo, economicamente falando, nos impõe a tomada de uma atitude que amenize todos os erros cometidos contra essa raça desde o tempo de Zumbi.
As cotas para negros, pardos e pessoas de baixa renda, nas universidades federais, aparecem como algo de tentador diante dessa situação. Contudo aonde pode ir tal lei, se for aprovada? Primeiro não mudará significativamente a vida de ninguém.

Não adianta colocar nas universidades pessoas que tiveram todo o ensino em colégios públicos de má qualidade. O grande vestibular não é aquele que ocorre para o ingresso de uma pessoa em uma instituição de ensino superior, o grande vestibular acontece no decorrer curso. Quais são os mecanismos que corroborarão para a permanência desses alunos dentro da instituição?

O segundo fator está na análise equivocada do problema.

A questão não é simplesmente a cor da pele, está em algo mais transcendente. Os negros estão em situação mais desfavorável porque estão inseridos dentro de uma grande massa de excluídos, os quais não são os únicos. Por fatores históricos eles aparentemente são a maioria dos pobres do país. Com isso, para acabar com tal situação é necessário pensar como fazer os pobres entrarem nos lugares onde hoje estão proibidos na prática de entrar, entres esses lugares as universidades e o mercado de trabalho.
Pensar somente na universidade é querer pensar em comer o ovo sem quebrar a casca. Não adianta jogar todo mundo na universidade sem primeiro garantir a universalização do ensino fundamental e médio. E por sua vez não adianta garantir a universalização do ensino fundamental e médio sem que primeiro seja garantido um ensino de qualidade em ambos os casos.
Mas estranhamente o que acontece é o investimento nas universidades particulares (PROUNI) sem um investimento maior nas universidades públicas. Um grande número de matrículas nas escolas públicas com uma grande evasão escolar.
Estou escrevendo – espero que vossa excelência responda este e-mail – não com a preocupação de que a “lei da cota” seja aprovada de imediato - do lado de fora há rumores que essa lei não irá passar nessa casa, porque o texto foi alterado na Câmera ferindo o interesse de alguns –, mas com intenção de que esse assunto não morra e seja sepultado na casa da democracia.
Seria interessante que fosse aprovadas leis no sentido de garantir a todos os brasileiros a inclusão social por meio de uma educação de qualidade. O aumento de verba, a capacitação dos profissionais ligados a educação e a fiscalização dos recursos públicos destinados a esse fim, já ajudaria muito.

Sem mais,
Ezequiel Carvalho

Obama, presidente.


Barack Hussein Obama II nasceu em 4 de agosto de 1961 em Honolulu, no Havaí, filho de Barack Obama, um economista queniano, e de Ann Dunham, antropóloga americana, branca, nascida no estado do Kansas, Estados Unidos. Seus pais conheceram-se enquanto frequentavam a Universidade do Havaí em Manoa, onde seu pai era um estudante estrangeiro. Conseguiu se formar em uma das maiores universidades do mundo: a de Harvard. Obama foi eleito o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos e é atualmente o único presidente negro eleito de toda a América.
A vitória de Obama é marco histórico de grande valor. Não é todo o dia que agente vê um negro vencer uma disputa para presidente em um dos países mais racistas do mundo. Martim Luther King se estivesse vivo iria comemorar muito. Ele representa uma sensível mudança na visão de mundo dos americanos. O mesmo presidente que foi eleito, pela esmagadora maioria da população, presidente, e que foi eleito em 2004 para senador com a expressiva votação de 70%., foi derrotado na eleição para o congresso americano há 8 anos atrás, isto é, no ano 2000.
Entretanto, é de se lamentar, a forma como a mídia comentou o caso. O mundo ainda é muito racista. A prova disso são esses comentários sobre a cor da pele de um presidente. Ninguém comentou se ele é competente ou não, pro mundo inteiro é simplesmente (e espantosamente) um negro que ganhou a disputa pra presidente. O meu sonho é que um dia ninguém vote ou deixar de voltar em uma pessoa porque ela negra, azul, índio, mulher, evangélico...

Carta aos cristãos pelos 491 anos da Reforma Protestante


Escrevo-vos, meus amados irmãos, para fazer lembrá-los da nossa obrigação com Cristo e com a sua fiel palavra. Na verdade quero dizer que a Reforma Protestante não está morta, primeiro porque a teologia reformada não é anacrônica, isto é, não entrou em desuso, pois a Palavra de Deus não envelhece, antes, se renova. Segundo porque se Martinho Lutero, Jonh Knox e João Calvino estivessem entre nós, hoje, teriam muito mais trabalho do que tiveram no século XVI. Hoje os reformadores não lutariam sé contra as práticas da igreja católica, mas contra as igrejas ditas protestantes – ou evangélicas, como elas auto se intitulam -, que claramente não só traíram a Reforma, como também à Cristo. Refiro-me as igrejas pentecostais e neo-pentecostais, que com raras excessões são continuadoras da “teologia das indulgências”, compram e vendem o “Reino dos Céus”, alugam o cristianismo, fazem da Casa de Deus shopping com “departamentos de bênçãos”. Segunda: “dia da vitória”, sexta: “dia da libertação”. Negam a justificação pela fé, fazem da salvação e outras bênçãos merecimento. Meus irmãos entendam-me, não prego que esses, que fazem parte dessas denominações, sejam considerados culpados por pertencerem a esses grupos religiosos, chamo-vos a enfrentarem os seus líderes com a Palavra de Deus e a ensinarem os seus adeptos, também com a Palavra de Deus, a voltarem ao santo Evangelho. Saibam que se manifestar a esse respeito é um serviço a Deus, que é bendito para todo o sempre.

Sem mais, graça e paz da parte de Deus!

Ezequiel Carvalho

Novo Blog


Olá, gente. Esse é meu novo blog. Abandonei o antigo (http://ezequiel.falcao.zip.net/), pois fazia muito tempo que não escrevia nele acabei me desmotivando, muita gente me perguntava sobre o falecido (o meu antigo blog) e respondia que iria escrever de novo mais o vendo lá, decidir que seria melhor criar outro. Contudo, peguei algumas postagens que julguei interessante e coloquei nesse. Todas as postagens que vocês estão vendo aqui embaixo são do antigo blog. Agora estou começando este um pouco já animado, já que as férias e o natal se aproximando são de fato animadores. Fique a vontade e não percam as próximas postagens. Até mais!

Crise americana


Publicado por mim no dia 20 de setembro. http://ezequiel.falcao.zip.net/arch2008-09-14_2008-09-20.html


Vocês viram a crise dos Estados Unidos e a solução que Bush encontrou para ela?

Uma coisa que não entendi foi o barulho em cima da interferência estatal na crise dos EUA.

Leiam à coluna de Valdo Cruz para a Folha de São Paulo intitulada Bush faz a festa do PT no site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/valdocruz/ult4120u442768.shtml


Por que tanta euforia (da esquerda) com o declínio da ideologia “neoliberal”. Elas acreditavam que a economia de algum país seguiria sem interferência do governo? Eles (os esquerdistas [digo petistas]) não perceberam que Bush e o Fed só resolveram um problema que eles mesmos criaram? Eles não aprenderam que tal interferência do Estado é tão ou mais perigosa até que a não interferência? Por que tanta alegria com o problema dos outros quando se devia olhar pra dentro e vê como poderíamos resolver os nossos problemas?

Pra vocês coloco a reportagem do Le Monde que se encontra (para assinantes da UOL) no site:

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2008/09/20/ult580u3327.jhtm


20/09/2008
George Soros: "Wall Street não está afundando, Wall Street está em crise" Claire Gatinois e Anne MichelEm entrevista ao "Le Monde", o multibilionário George Soros, 77 anos, um guru dos mercados financeiros nos Estados Unidos, oferece a sua análise da crise. Um especulador experiente, ele denuncia os "fundamentalistas do mercado", mas critica também o Federal Reserve (Fed) e o Tesouro americano. Ele os considera como responsáveis pela formação de uma "super bolha", que acabou mergulhando os Estados Unidos e a Europa na recessão.
Le Monde - Wall Street está afundando. Estaríamos assistindo à queda do império americano?
George Soros - Wall Street não está afundando, Wall Street está em crise. Os efeitos desta crise dependerão da sua duração. A situação não é fatal: nós estamos à beira do precipício, mas ainda não caímos nele. O mercado segue funcionando. Em contrapartida, o fato novo que ocorreu nos últimos dias é que a possibilidade de uma explosão do sistema existe efetivamente.O que está acontecendo é inacreditável! É a conseqüência daquilo que eu chamo de "o fundamentalismo de mercado", baseado naquela ideologia do "deixa rolar" e da auto-regulação dos mercados. A crise não foi provocada por fatores externos, ela é apenas a conseqüência de uma catástrofe natural. Foi o sistema que provocou sua própria perda. Ele implodiu, ou seja, sofreu um colapso por dentro.
Le Monde - Teria o mundo da política a sua parte de responsabilidade nisso? E o que dizer dos reguladores do mercado?
George Soros - Alan Greenspan [o antigo dirigente do Fed] tem lá sua parte de responsabilidade em tudo isso, sim, porque ele reduziu e manteve as taxas de juros baixas demais, por um período excessivo; e também porque ele deu ampla liberdade para os promotores da inovação financeira, considerando que o mundo das finanças tinha mais a ganhar com isso do que a perder. As autoridades de controle também são responsáveis pela crise, por terem dado uma liberdade excessiva aos atores dos mercados, e por terem deixado se desenvolver um mercado do credito monstruosamente extenso. Vejam só o tamanho do mercado dos derivados de créditos! As quantias que ele movimenta são calculadas em milhares de bilhões de dólares. O resultado desta política é uma crise financeira que mergulha no sofrimento, inúmeras vítimas inocentes.
Le Monde - O que o senhor pensa das intervenções, efetuadas em regime de emergência, da administração americana? Serão elas eficientes?
George Soros - Henri Paulson (o secretário do Tesouro) reluta em utilizar o dinheiro público. Primeiro, ele recusou-se a assinar um cheque em branco para salvar [as companhias de financiamento hipotecário] Freddie Mac e Fannie Mae, antes de se ver obrigado a fazê-lo alguns meses mais tarde. Nós assistimos às mesmas hesitações em relação ao banco de investimentos Lehman Brothers, o qual as autoridades acabaram abandonando à sua própria sorte, e também em relação à seguradora AIG que, por sua vez, foi salva em razão do risco sistêmico que a sua falência representava. Era mesmo necessário fazê-lo, porque, caso contrário, a situação teria se tornado incontrolável. Mas, essas ações são demoradas e contraproducentes. Enquanto as autoridades hesitam, a situação vai se deteriorando. Além disso, essas intervenções são paliativas, e não preventivas.
Le Monde - A crise de 1929 tem sido citada como referência. Será esta uma comparação pertinente?
George Soros - A grande diferença em relação à crise de 1929 é a atitude das autoridades. Elas entenderam que era preciso agir em defesa do sistema, mesmo se as modalidades de intervenção são complicadas e caras, e mesmo se não faz parte da sua cultura promover a intervenção do Estado.
Le Monde - O que vai acontecer agora? Quais serão as conseqüências dessa crise para a Europa?
George Soros - A fonte dos problemas está nos Estados Unidos, mas a Europa também está interessada. No que lhe diz respeito, o futuro dependerá da maneira com que as autoridades irão administrar a crise. Em função das reduções das cotações das matérias-primas, nós vamos ingressar num período de deflação. Eu penso que seria oportuno diminuir as taxas.
Le Monde - A economia real será prejudicada por esta crise?
George Soros - Esta crise vai se disseminar na economia real, sim. Os Estados Unidos, sem dúvida já estão em recessão, e este processo vai se acelerar no decorrer dos dois próximos trimestres. Os bancos já restringiram fortemente seus créditos. E a opinião pública americana ficou chocada com tudo o que aconteceu nesta semana. Daqui para frente, os consumidores não vão mais se endividar. Eles consumirão menos.
Le Monde - Os países emergentes, como a China, também serão atingidos?
George Soros - Considerando-se o desaquecimento brutal que deverá atingir a economia mundial, as exportações chinesas irão diminuir. As autoridades têm condições para agirem no sentido de estimular a economia, por meio das suas reservas de câmbios, mas, será que elas procederão corretamente? A China é um Estado burocrático e, em função disso, a crise econômica poderia degenerar numa crise política, da mesma forma que aconteceu na Indonésia em 1998. A crise do capitalismo americano poderia acabar derrubando o comunismo chinês.
Le Monde - O que fazer para sair desse caos?
George Soros - O sistema financeiro americano como um todo precisa ser repensado. Os bancos de investimentos deverão contar com a ajuda dos bancos de depósitos. Vai ser preciso implantar novas formas de regulação. A missão das autoridades consiste em impedir a formação de bolhas financeiras. Para tanto, elas têm instrumentos à sua disposição e elas deverão utilizá-los. O crédito precisa ser regulado, da mesma maneira que o mercado monetário. É preciso exigir dos bancos que eles acumulam fundos próprios em maior quantidade. É preciso também impedir que os preços no setor imobiliário desmoronem, e ainda limitar o número de penhoras das casas hipotecadas.
Le Monde - De Barack Obama ou de John McCain, qual dos dois lhe parece reunir melhores condições para efetuar as reformas necessárias?
George Soros - Eu penso que Obama tem uma melhor compreensão da situação.
Le Monde - O senhor chegou a perder dinheiro nesta crise?
George Soros - Eu não perdi dinheiro, mas nada ganhei. Só que eu não pretendo revelar para vocês aqui os meus segredos.
Le Monde - O senhor é o "pai" dos hedge funds (fundos de investimentos mais especulativos e agressivos), cujos excessos estão no cerne da crise. O senhor não estaria arrependido de tê-los criado?
George Soros - Eu não sou o pai dos hedge funds, mas sim, apenas um deles. Se eu tivesse que recomeçar tudo do zero? Eu especularia melhor... Tradução: Jean-Yves de Neufville

2010


Não se enganem, 2008 é o primeiro tempo de um jogo imprevisível que só acabará em 2010. Quais serão as conseqüências dessa "partida"? É isso que o governador de Minas Gerais tenta responder na entrevista que coloco abaixo.

Texto retirado da Folha de São Paulo do dia 09.09.2008

O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), comentou nesta terça-feira a sucessão presidencial e disse temer o pós-2010. O tucano anunciou hoje, no Palácio da Liberdade, a liberação de recursos para obras de infra-estrutura no Estado.
"Eu temo muito, não o resultado das eleições de 2010, alguém vai ganhar, é natural. Eu temo é o pós-2010. Que ambiente nós vamos encontrar? O mesmo ambiente radicalizado de que quem perde as eleições atua no sentido de inviabilizar as reformas propostas por quem ganha ou nós vamos ter, a partir da maturidade que adquirimos tanto nós do PSDB que governamos por oito anos o Brasil como o PT do presidente Lula que governará por oito anos, uma agenda comum?", questionou.
Aécio voltou a dizer que é necessário colocar os interesses da população à frente dos interesses dos partidos. "Acho que essa construção política de Belo Horizonte é uma sinalização, não que precisa ser seguida por outras partes do país, mas que é possível sim você colocar os interesses da população à frente dos interesses dos seus próprios partidos e acho que quem ganha no final é a população."
O governador defendeu ainda a diminuição do radicalismo, que, segundo ele, tomou conta da política brasileira. "Nós sabemos o que precisa ser feito no Brasil. Precisamos fazer reforma tributária, precisamos fazer reforma previdenciária, precisamos enfrentar a questão administrativa, e, antes delas todas, fazer a reforma política."

Independência ou morte?


Postagem escrita por mim no dia da Independência. http://ezequiel.falcao.zip.net/arch2008-09-07_2008-09-13.html

Você responderá que sim, antes de me achar um idiota por fazer essa pergunta.
É claro que, enquanto não houver uma mudança brusca no nosso calendário, sempre haverá 7 de Setembro, mas me refiro não a data em si, mas ao seu significado.
A sete de setembro de 1822, vencia o grupo político de José Bonifácio, vencia a elite sulista do Brasil, vencia o português Pedro de Alcântara de Bragança e Bourbon (nome resumido de D. Pedro), o Brasil se tornava independente politicamente de Portugal e de qualquer outra potência estrangeira.
Hoje, 7 de setembro de 2008, 186º aniversário da Independência, vejo um Brasil que ainda não se libertou. Não se libertou do atraso, ainda vive como colônia. Ainda que tecnologicamente, o Brasil tenha evoluído de maneira razoável, nossa mentalidade enquanto nação vive em tempo de estagnação. É como se nosso país vivesse preso dentro de si mesmo, o Brasil ainda não se reconheceu como nação. Os brasileiros não sonham juntos. O brasileiro não pensa em futuro, a não ser o seu próprio. Não somos socialistas, não somos capitalistas, não temos partido, nem mesmo ideologia.
Mas o que me assusta no dia de hoje não é essa realidade, que todo brasileiro conhece desde pequeno, o que me assusta realmente é que a cada ano que se passa comemoramos menos essa data, é certo que não temos muito que comemorar, mas se se esquecermos do dia de hoje como poderemos questionar alguma coisa? Se não existir o dia de hoje quando se realizará o Grito dos Excluídos?
Isso poderá parecer bobagem, entretanto para mim é sintomático. A eleição será no próximo dia 05 de outubro, isto é, daqui a menos de um mês, e ainda tem gente que não sabe em que vai votar, e pior, tem gente que vai votar nulo, não por ideologia, e sim porque já desistiu da política brasileira.
Será que em 2009 e nos anos seguintes vai existir pessoas que se lembre do que significa esse dia ou será que os brasileiros vão desistir de comemorar o Sete de Setembro? Será que no futuro alguém se lembrará de não desistir do Brasil?

Injusta justiça


Ontem, não sei se passou em outro telejornal, pelo menos eu assisti no Jornal da Band, acho que esse telejornal se chama assim.

O IBAMA apreendeu animais do circo Le Cirque, em Brasília, o circo, aliás, perdeu direito de exibir os outros animais que Ibama não tinha apreendido.
Isso foi ontem, hoje de manhã, lendo meu jornal preferido, o Diário de Pernambuco, me assustei com a notícia do caderno “Brasil” (página A7): Ibama apreende e a Justiça solta. Poucas horas depois a 9º Vara Federal concedeu o direito dos donos do circo de reaver os animais. Gente, eles maltratavam mesmo os animais, não é brincadeira não, até porque pra fazer o Ibama trabalhar, precisa ser um negócio muito sério mesmo.
O assustador disso tudo é a rapidez da justiça pra conceder liminares, alvarás, e vários dispositivos benéficos não só para cidadão de bem dentro do Estado de Direito, mas principalmente para os grandes bandidos da nação.
È impressionante que dentro de país tão burocrático como é o nosso, (ver reportagem da BBC: Sem burocracia Brasil cresceria mais 2,2 pontos, diz Banco Mundial no site:http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2004/09/040908_burocraciaas.shtm) a justiça seja tão rápida para liberar algumas pessoas e outras não. Junte-se os casos que não são julgados para bem e para mal. Pessoas que cometem crime e passam anos sem ser julgados e outros que não cometerem crime algum como o caso do ex-motorista e ex-mecânico Marcos Mariano da Silva, 57, aqui mesmo no nosso Estado e mesmo assim passam anos na prisão. (Vejam, por favor, o caso dele no site: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u121119.shtml)
Nós temos a mania de criticar o Legislativo, não obstante, devemos também voltar os olhos ao Poder Executivo que não executa as leis e ao Poder Judiciário que está a zombar de todos nós. QUEREMOS O FIM DA IMPUNIDADE!!!

OLIMPÍADA (BASTIDORES)

Postagem escrita por mim em 12 de agosto no http://ezequiel.falcao.zip.net/arch2008-08-10_2008-08-16.html

Por que a gigante Índia é uma raridade nos pódios olímpicos?
Essa pergunta foi feita por Julien Bouissou do jornal francês Le Monde. Confira a respostaNão esperem por nenhum milagre", avisou Suresh Kalmadi, o presidente do Comitê Olímpico indiano, antes mesmo do início dos Jogos Olímpicos de Pequim. Uma única medalha de bronze para um país de mais de 1 bilhão de habitantes: a mais recente performance olímpica da Índia, nos Jogos de Atenas, não é nenhum motivo para se manter otimista. Para as Olimpíadas de Pequim, a equipe masculina de hóquei na grama (a modalidade que, até então, proporcionara as oito únicas medalhas de ouro que o país já conquistou em toda a história dos Jogos), não conseguiu nem sequer a qualificação. Nessas condições, vale sublinhar que o título olímpico conquistado por Abhinav Bindra no tiro com carabina a 10 m, na segunda-feira (11 de agosto), já desponta como um ótimo resultado.Com tão poucos motivos de esperança, os Jogos Olímpicos não suscitam praticamente nenhum entusiasmo em meio à população. Isso explica por que o canal de televisão público indiano, o Doodarshan, foi o único que aceitou comprar os direitos de transmissão, por US$ 3 milhões (cerca de R$ 4,8 milhões). Com um número reduzido de telespectadores, e, portanto, uma quantidade minguada de patrocinadores, a emissora tampouco está esperando por qualquer milagre. "Na certa, nós vamos perder dinheiro", assegura uma das responsáveis do canal.Abhinav Bindra conquistou a primeira medalha de ouro individual da história da Índia Por que a Índia, um gigante demográfico, estará ausente dos pódios olímpicos? Os jornais do país arriscam diferentes explicações. A cultura indiana careceria de agressividade, ou ainda, o seu sistema de castas privilegiaria o saber, consagrando no topo da sua pirâmide os "brâmanes" - os membros hereditários da casta sacerdotal -, cuja reputação não é exatamente a de serem excelentes atletas.Em Bangalore, os campi de informática tomaram o lugar dos estádiosOutros comentaristas consideram que até mesmo o esporte é gangrenado pela burocracia na Índia. Para comprovar esta suspeita, basta consultar os números: 42 treinadores acompanharão os 56 atletas qualificados em Pequim. Contudo, muito mais do que isso, é a carência de infra-estrutura e de financiamentos que constitui um problema. "Metade das nossas escolas não dispõe nem sequer de um terreno para esportes, e a situação revela-se ainda pior para as nossas universidades", diz Suresh Kalmadi.O esporte tem sido a principal vítima da expansão das novas tecnologias. Em Bangalore (no centro-sul), os campi de informática tomaram o lugar dos estádios. "As infra-estruturas da cidade diminuíram consideravelmente ao longo dos últimos anos", comenta Vimal Kumar, um antigo campeão de badminton. O críquete, que, para a grande frustração dos indianos, não está incluído entre as disciplinas olímpicas, é acusado de ofuscar todos os outros esportes. "O dinheiro de que nós tanto precisamos é todo ele sugado pelo críquete", explica Randhir Singh, o secretário-geral do Comitê Olímpico indiano. Na Índia, o críquete tem incontáveis adeptos, que o praticam em cada esquina. Para tanto, um bastão e uma bala são suficientes.Para um país que pretende rivalizar com a China, a comparação, ao menos no campo desportivo, não é nem um pouco lisonjeira. Mas os comentaristas tentam minimizar a péssima impressão causada. "A China teria gastado mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 1,6 bilhão) para treinar seus atletas ao longo dos últimos sete anos. Este dinheiro deveria antes ser gasto, pelo menos na Índia, para a construção de escolas e de hospitais, assim como para a urbanização", analisa o editorialista Kanika Datta no diário "Business Standard". E ele conclui afirmando: "A China não é o destino preferido dos investidores estrangeiros, isso porque ela figura entre os cinco melhores países nos Jogos Olímpicos".Os indianos terão constatado ao menos que os Jogos Olímpicos de Pequim não se limitam apenas a disputas por medalhas. Está havendo também uma grande afluência de turistas. Para tentar compensar a virtual ausência dos pódios do seu país, o ministério indiano do turismo vai deslanchar uma grande campanha de comunicação pelas ruas de Pequim. Longe dos clamores dos estádios, os outdoors publicitários exibirão o arrebatador slogan seguinte: "Incrível Índia!". Tradução: Jean-Yves de Neufville Visite o site do Le MondeDisponível no site http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2008/08/12/ult580u3248.jhtm

Georgia

Postagem publicada por mim em 12 de agosto em http://ezequiel.falcao.zip.net/arch2008-08-10_2008-08-16.html

Quem viu meu orkut recentemente viu que meio até que timidamente dou meio apoio a Geórgia. Acredito que o que Rússia está fazendo a Geórgia é querer levantar novamente a idéia de Guerra Fria, que todo sádico comunista tem. Guerra ao capitalismo! Diz aqueles que pertencem a religião de Marx. Galeraaaa, lamento informar: isso já é passado! Hoje a China aplaude os EUA nas olimpíadas.
Mas, para aqueles que quiserem aprofundar no assunto, aqui vai dois sites:
http://blog.uol.com.br/showposts.html?idBlog=2534037
Esta reportagem do The New York Times está acessível apenas para assinantes do UOL. Para aqueles que não são assinantes coloco abaixo um trecho da reportagem de Ellen Barry
Vladimir V. Putin, que chegou ao poder remoendo as feridas de uma Rússia humilhada, ofereceu nesta semana prova de seu ressurgimento. Até o momento, o Ocidente foi incapaz de conter seu avanço na Geórgia. Ele está tomando decisões que poderão redesenhar o mapa do Cáucaso em prol da Rússia -ou destruir o relacionamento com as potências ocidentais que a Rússia antes buscava como parceiras estratégicas.Se havia alguma dúvida, a última semana confirmou que Putin, que se tornou primeiro-ministro há poucos meses após oito anos como presidente, está comandando a Rússia, e não seu sucessor, o presidente Dmitri Medvedev. E Putin pode finalmente encontrar alívio para os insultos que a Rússia sofreu após o colapso da União Soviética."A Geórgia, de certa forma, está sofrendo por tudo o que aconteceu à Rússia nos últimos 20 anos", disse Alexander Rahr, um importante estudioso alemão de política externa e um biógrafo de Putin.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/08/080808_entenda_ossetia_cg.shtml