quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sobre Dom Hélder Camera, Carmem Miranda e as eleições parlamentares em Israel.




Neste último sábado (07) comemorou-se o centenário do nascimento de Dom Hélder. Sinto-me obrigado a comentar a vida e trajetória desse arcebispo que foi extremamente atuante em Pernambuco e reconhecido pelo mundo inteiro. Não sendo exagero dizer que ele escreveu seu nome na história da Igreja Cristã do século XX. Contudo, eu não quero falar sobre ele sem comentar a Teologia da Libertação e o papel social da Igreja Cristã. Isso eu não posso fazer agora, pois estou bastante ocupado, mas dentro de um mês, ou pouco mais, falarei sobre o tema.





Carmem Miranda também faria cem anos se estivesse viva, nessa segunda (09). Ela é festejada, admirada e representa a mulher multifacetada que tanto amamos. Por um lado também representa o quanto somos deslumbrados pela fama e pelo valor que damos ao estrangeiro. Se Carmem Miranda nascesse no Brasil, fosse esposa de um brasileiro e tivesse morado, até a morte, no Brasil, ela seria admirada e idolatrada como é hoje? Eu sei... Fiz uma pergunta maldosa. Mas, essa pergunta fica com vocês, respondam se quiserem.











Aconteceram ontem, em Israel, as eleições parlamentares. Segundo o jornal Haaretz, o partido Kadima, da chanceler Tzipi Livni, uma das personagens centrais do conflito com Hamas, saiu vitorioso, todavia, a diferença para o partido direitista Likud, foi apertada, o que colocou como incerto quem será o novo primeiro-ministro judeu. Para ser primeiro-ministro, o candidato tem que ter apoio da maioria do parlamento, o qual possui 120 cadeiras. Como nenhum dos principais partidos deve ocupar mais de 30 cadeiras, então a vaga ficou em aberto, até o presidente de Israel, Shimon Peres, escolher o candidato que tiver maior apoio parlamentar. O interessante é que o terceiro partido mais voltado foi ultranacionalista Yisrael Beitenu, isto é, para conseguir o cargo de primeiro-ministro o candidato, seja ele Tzipi Livni, seja o líder do Likud, o ex-premiê Benjamin Netanyahu, qualquer um tem que se aliar aos princípios do Yisrael Beitenu, o que pode levar que Israel modifique a sua postura em relação aos palestinos. Sendo esta nova posição mais dura. A vantagem cai sobre Netanyahu, por ser direitista. De qualquer forma, tudo, está ainda muito indefinido.
O que parece claro, é que Israel está se cansado dos palestinos cada vez mais. A paz está ficando cada vez mais distante. Porém, é mais do que natural que isso esteja acontecendo agora. Posturas como a do partido trabalhista judeu, que teve uma vertiginosa derrota, estão se mostrando equivocadas. O dar sem receber irrita. A paz deve ser buscada, mas existem ocasiões em que enfrentamento se mostra inevitável.

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